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CIRURGIA DE CISTOS E TUMORES

Cisto Radicular: O que é e como tratar?

Publicado em 29/12/2020

O cisto radicular é a lesão cística dos maxilares mais comum, totalizando aproximadamente 50% de todos os cistos, e aproximadamente 70% dos cistos odontogênicos. A lesão possui origem inflamatória e apresenta-se aderido ao ápice de raízes de dentes infectados devido à necrose pulpar.

O cisto radicular pode afetar qualquer dente onde haja infecção dos canais sem tratamento, mas os dentes anteriores da maxila e os dentes posteriores da mandíbula são os mais acometidos respectivamente.

O diagnóstico é realizado através de exames de imagem como radiografias e tomografias e geralmente não há sintomatologia, salvo em casos de infecção, onde pode haver dor. O cisto radicular se não removido precocemente pode atingir grandes proporções. Lesões grandes tendem a causar deslocamento dos dentes adjacentes.

O tratamento inicial é a endodontia (tratamento de canal) do dente afetado, que geralmente regride a lesão. Em casos onde não há a regressão, ou há o aumento da lesão está indicada a remoção cirúrgica.

Em casos de grandes lesões deve-se observar a relação dos cistos com estruturas anatômicas importantes, como o seio maxilar, a fossa nasal e o nervo alveolar inferior. Nestes casos o cirurgião deve ponderar sobre a enucleação total ou marsupialização do cisto, para preservar a integridade destas estruturas. A necessidade de reconstrução óssea no mesmo momento da cirurgia também deve ser observada.

Cisto Dentígero: O que é e como tratar?

Publicado em 29/12/2020

Cisto dentígero é o cisto odontogênico de desenvolvimento mais comum. Esta patologia fica aderida ao colo de dentes não erupcionados. É caracterizado radiograficamente pelo aumento do espaço do folículo pericoronário (tecido que envolve o germe dental durante o seu desenvolvimento dentro do osso), por isso também é chamado de cisto folicular. As áreas mais afetadas são a região posterior de mandíbula (associados ao terceiro molar incluso) e depois a região de maxila anterior (canino superior incluso). A segunda e a terceira décadas de vida são as idades onde a lesão é mais encontrada.

Essa lesão é diagnosticada geralmente por radiografias bucais de rotina, pois geralmente não apresenta sintomas, a não ser que apresente alguma infecção secundária. Uma característica deste cisto é o seu crescimento e expansão dos ossos onde ele está localizado, podendo causar deslocamento dos dentes e assimetria facial.

O tratamento é cirúrgico, podendo ser realizado a enucleação total da lesão ou a marsupialização. O dente associado à lesão geralmente é removido junto, mas em alguns casos, se há possibilidade de ser mantido, ele pode ser preservado e tracionado para a arcada. A lesão deve sempre ser enviada para laboratório de análise histológica para confirmação de diagnóstico. Se não removido, o cisto pode evoluir para lesões mais agressivas, como o ameloblastoma e alguns tipos de carcinomas.

Câncer Bucal

Publicado em 06/04/2021

Uma das patologias que mais causam medo nos dias atuais é o câncer. O fato de não termos uma cura definitiva para todos os casos leva os pacientes a acreditarem que o diagnóstico da doença é uma sentença de morte. Mas com a medicina moderna vários casos podem ser contornados e tratados, levando o paciente a ter uma boa qualidade de vida novamente.

O câncer bucal geralmente ocorre no lábio inferior, língua, na parte posterior da garganta, nas amígdalas ou nas glândulas salivares. É mais freqüente em homens e atinge principalmente pessoas com mais de 40 anos de idade.

Alguns fatores influenciam para o surgimento deste mal. Predisposição genética, tabagismo, alcoolismo, exposição excessiva ao sol e má higiene são apontados como fatores de risco para o surgimento do câncer. Um hábito gaúcho que pode estar relacionado à esta patologia é o chimarrão. O uso crônico da bomba quente no lábio e a ingestão desta infusão muito quente está associada à lesões de lábio e esôfago.

O paciente deve estar atento a qualquer mudança em sua cavidade bucal. Feridas que não cicatrizam em até 15 dias, surgimento de dormência em alguma parte da boca, nódulos anormais na mucosa bucal podem ser sinais de câncer bucal, e devem ser avaliadas por um profissional.

O diagnóstico precoce pode salvar uma vida. O quanto antes a lesão for percebida e biopsiada para diagnóstico, maiores serão as chances de cura do paciente.

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