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Implantes Dentários: O que preciso para fazer a cirurgia?

Publicado em 13/11/2020

cirurgia de implantes dentários tem se tornado habitual nos consultórios odontológicos, e isto deixa profissionais e pacientes mais seguros da realização deste procedimento.

Entretanto, esta cirurgia requer uma avaliação completa por parte do profissional para habilitar o paciente para o procedimento. A análise da saúde geral é primordial, devendo ser observada as medicações utilizadas pelo paciente e sua relação com a cicatrização do implante. Exames de sangue devem ser solicitados para avaliar as condições de cicatrização óssea e de tecidos moles, assim como evitar casos de hemorragia trans e pós-operatória.

As condições bucais ideais para a realização do procedimento incluiriam uma boa estrutura óssea e gengival, e ausência de áreas de infecção na região a ser operada. Não sendo possível estas condições, procedimentos de cirurgia avançada são necessários, como enxertos de osso e gengiva. Áreas com processos infecciosos devem ser tratadas previamente à cirurgia de implantes dentários, para evitar que ocorra contaminação e perda do implante.

Todas essas situações devem ser cuidadosamente avaliadas pelo cirurgião, para que sejam mínimas as chances da perda do implante, e sejam máximas as condições de estética e funcionalidade da prótese.

Como funcionam os implantes dentários: da cirurgia à prótese

Publicado em 28/12/2020

A cirurgia de instalação de um implante dentário é relativamente simples, mas requer grande conhecimento de anatomia dos maxilares e da face. O planejamento reverso, onde a posição ideal do dente a ser implantado é estudado previamente à cirurgia, é essencial.

Em casos simples, um parafuso de titânio é inserido no tecido ósseo, na exata posição onde deve sair o futuro dente. Após esta etapa o implante pode ser coberto por um parafuso de cobertura (quando haverá uma segunda etapa cirúrgica para expor o implante após período de cicatrização), um cicatrizador (quando opta-se por evitar a segunda etapa cirúrgica), ou um pilar (quando opta-se por realizar a carga imediata, e instalar um dente provisório sobre este componente), dependendo do planejamento do profissional. A mucosa é suturada e o paciente está pronto.

Em casos mais complexos, ao mesmo tempo da instalação do implante pode ser necessária a associação de enxerto ósseo para preenchimento de gaps, seios maxilares ou para aumento vertical do rebordo, assim como pode ser necessário o desvio no trajeto do nervo alveolar inferior para inserção mais profunda do implante.

O período de cicatrização do implante no osso, também chamado de osseointegração, dura aproximadamente de 4 a 6 meses, mas dependendo da qualidade do tecido ósseo e das características do implante utilizado pode ser colocado um dente antes desse período e até no mesmo dia da cirurgia (carga imediata).

Na fase protética é confeccionado um dente em cerâmica que será conectado ao implante. Esta prótese pode ser parafusada ou cimentada. As próteses totais sobre implante podem ser feitas em cerâmica ou acrílico.



Quero colocar implantes e não tenho osso suficiente: O que fazer?

Publicado em 28/12/2020

uitos pacientes se deparam com essa situação quando procuram o cirurgião-dentista para realizar implantes dentários. A perda precoce e/ou traumática do dente, assim como o longo período da extração até o momento da decisão pela colocação dos implantes é o principal fator para a redução do suporte ósseo requerido para essa cirurgia.

O momento ideal da instalação do implante é no mesmo momento da extração do dente inviável, pois desta maneira se mantem o suporte ósseo e gengival originais, mas nem sempre isto é possível.

O rebordo alveolar (parte do osso que sustenta os dentes) apresenta o volume adequado quanto está com os dentes presentes. A partir do momento que ocorre a perda dentária, este rebordo sofre uma reabsorção fisiológica, e tende a reduzir o seu volume. Considerando que para inserir o implante necessitamos uma altura e espessura óssea específica para que o mesmo caiba neste tecido, ao não termos esse volume ósseo necessário, precisamos lançar mão de procedimentos de cirurgia avançada, como a lateralização do nervo alveolar inferior, o implante zigomático e os enxertos ósseos.

Sou desdentado total e quero pôr implantes: como funciona?

Publicado em 28/12/2020

Desejo muito comum aos pacientes que sofreram perdas dentárias ao longo da vida, a implantodontia é uma área da odontologia que cresce muito a cada ano, mesmo assim, alguns pacientes não sabem como funciona a reabilitação total de uma arcada desdentada.

Geralmente pacientes que fazem uso de dentaduras por anos queixam-se de mobilidade na prótese, lesões na mucosa associados ao trauma, insegurança para se alimentar e falar. As dentaduras, ou próteses totais, são classificadas como próteses mucossuportadas, ou seja, são retidas na mucosa apenas por retenção mecânica, o que muitas vezes causa afrouxamento ou lesões. Alguns pacientes fazem uso de pastas para melhor adesão, mas não se sentem satisfeitos com este tipo de reabilitação.

Nesta situação, o paciente deve explicar ao cirurgião-dentista quais as suas expectativas em relação ao implante dentário. Alguns pacientes querem a dentição igual a que tinham quando jovens, querem uma dentição totalmente fixa, outros aceitam usar uma dentadura removível sobre implantes, considerando que ela não se mova em boca.

Quando não há mais dentes em boca, pode ser realizada uma prótese do tipo sobredentadura, ou overdenture, onde uma prótese total em acrílico é retida sobre os implantes de maneira removível; em uma prótese protocolo, os dentes e gengivas são reconstruídas em acrílico ou cerâmica e instalados de maneira fixa sobre os implantes; ou em uma prótese fixa em cerâmica, onde o suporte ósseo e mucoso do paciente é suficiente para uma reabilitação apenas dentária.

Todos esses tipos de tratamento são possíveis, entretanto, cabe ao cirurgião avaliar e relacionar o anseios do paciente à realidade clínica, uma vez que a maioria dos pacientes desdentados totais não possui suporte ósseo para uma reabilitação apenas dentária, sendo necessária a compensação do volume ósseo e gengival proteticamente. Em casos onde o paciente almeja que os dentes saiam diretamente da gengiva, sem nenhuma compensação artificial, técnicas avançadas de cirurgia são requeridas, como os enxertos ósseos.

Sou desdentado parcial e quero pôr implantes: como funciona?

Publicado em 28/12/2020

Perdas dentárias infelizmente acontecem no decorrer da vida das pessoas, e a melhor solução atualmente para reconstituir a arcada dentária são os implantes dentários.

Quando temos alguns dentes ausentes e outros hígidos, o profissional deve avaliar primeiramente a condição dos dentes remanescentes, para que não haja erro no diagnóstico e a reabilitação seja completa.

Muitas vezes o paciente chega ao consultório querendo implantar os dentes perdidos, mas no exame clínico observa-se uma grande alteração da posição dos dentes, mudando significantemente a oclusão. Nesses casos, o ideal é sempre restabelecer o alinhamento e nivelamento dos dentes, para que a posição dos implantes e a confecção da coroa estabeleçam a melhor relação com a arcada oposta.

Em condições ideais de oclusão, o cirurgião avalia o espaço existente e projeta a quantidade de dentes necessários para a reabilitação. A avaliação do tecido ósseo é realizada através de exames, como radiografias e tomografias. A avaliação da qualidade das gengivas também é de suma importância no prognóstico do tratamento. Quando necessário, lança-se mão de enxertos ósseos e gengivais.

Prótese overdenture: Como funciona?

Publicado em 28/12/2020

Alguns pacientes desdentados totais utilizam dentaduras por um longo período, e a reabsorção óssea sob essas próteses é exponencial com o passar dos anos. Como consequência, a estabilidade das dentaduras, principalmente da arcada inferior, reduz, causando dificuldade na fala, na alimentação, risco de lesões bucais e insegurança.

As próteses overdentures, ou sobredentaduras, são dentaduras retidas por implantes, através de encaixes barra-clipe ou encaixes do tipo o´ring, onde o paciente pode remover a prótese para higienização, tal qual uma dentadura convencional, com a vantagem de possuir uma maior retenção e estabilidade.

Na arcada inferior, dois implantes são suficientes para a estabilização da overdenture. Na arcada superior, quatro implantes são indicados para melhor estabilidade.

O encaixe barra clipe é um sistema onde é confeccionada uma barra metálica sobre os implantes, onde encaixam em clipes situados na face interna da prótese total, retendo-a. O encaixe do tipo o’ring é um sistema macho-fêmea, onde o pilar sobre o implante encaixa em um cilindro com um anel de borracha, gerando a retenção. Periodicamente os o’rings e os clipes devem ser substituídos devido à fadiga do material.

Este tipo de prótese é confeccionada em acrílico e é muito útil para pacientes desdentados totais, pois reabilita com segurança e possui menor custo que as próteses totais fixas.

Prótese Protocolo: Como funciona?

Publicado em 28/12/2020

Quando os pacientes entram no consultório, depois de um longo período usando próteses parciais removíveis ou próteses totais, desejam quase que em sua totalidade ter dentes fixos novamente. Dentre as reabilitações totais fixas sobre implantes, a prótese protocolo é a mais realizada.

Essa prótese está indicada para pacientes desdentados totais com perda de suporte ósseo vertical e horizontal, onde a prótese compensará esta perda com gengiva e dentes artificiais. A quantidade necessária de implantes é geralmente de 4 a 6, e o material de escolha da prótese pode ser o acrílico ou a cerâmica.

Dentre as vantagens da prótese protocolo estão a resistência mecânica, a estabilidade e a naturalidade. Por ser totalmente fixa nos implantes, este trabalho permite ao paciente sorrir, mastigar e falar sem receios. Diferentemente da prótese overdenture, a prótese protocolo não pode ser removida pelo paciente, apenas pelo cirurgião-dentista, assim sendo, uma boa higienização é essencial para preservar a saúde dos implantes e a longevidade do trabalho. Além da escovação normal, o paciente deve usar escovas interdentais, passa-fio e aparelhos de jatos d’água sob pressão, que removerão os resíduos alimentares, evitando assim o mau hálito e inflamações bucais.

Outra vantagem importante da prótese protocolo, é que ela pode ser realizada com carga imediata, onde o paciente sai no mesmo dia com os dentes provisórios fixos em boca.

Prótese Protocolo: acrílico ou cerâmica?

Publicado em 28/12/2020

Ao chegar no consultório odontológico com o desejo de implantar dentes fixos na boca, o cirurgião-dentista avalia os exames e indica a melhor opção reabilitadora para o paciente. Quando a prótese do tipo protocolo é indicada, o paciente deve decidir entre dois materiais distintos para realizar o trabalho. Afinal de contas, qual é melhor, o acrílico ou a cerâmica?

Ambos os materiais tem vantagens e desvantagens. O acrílico apresenta um custo mais baixo, é um material mais fácil de realizar reparos e satisfaz esteticamente. As desvantagens são o desgaste e amarelamento dos dentes ao longo do tempo. A cerâmica é um material mais duradouro, e não retém placa como o acrílico, assim sendo, apresenta maior estabilidade de cor, não manchando os dentes facilmente, o que se traduz em um sorriso mais natural e bonito. Como desvantagens temos a maior dificuldade para reparos e o alto custo.

Considerando que ambas as materiais satisfazem esteticamente, a escolha é individual de cada paciente. Para pacientes mais exigentes e de maior poder aquisitivo, as próteses cerâmicas se tornam a melhor opção. Para pacientes que usam a prótese protocolo em acrílico há mais tempo, e necessitam a reconfecção da mesma ou troca de dentes devido ao desgaste do material, pode haver a migração para a prótese cerâmica ou continuar com a prótese acrílica.


Carga imediata, carga tardia e implante imediato: Em quais casos são indicados?

Publicado em 28/12/2020

Fazer uma cirurgia de instalação de implante dentário e já sair com o dente pronto no mesmo dia é desejo de todos os pacientes, mas não são todos os casos que isto é possível.

Quando é realizada a cirurgia de colocação do implante e a coroa é confeccionada no mesmo dia, podemos chamar de cirurgia com carga imediata. Para que possa ser realizada esta técnica, o implante deve ter um bom travamento trans-operatório e boa estabilidade. A coroa neste momento deve ter pouco ou nenhum contato na mordida, para evitar tensão no período de cicatrização, tendo assim maior função estética do que funcional.

O implante imediato é a técnica onde um dente perdido é extraído na mesma sessão da instalação do implante, podendo ser possível a carga imediata ou não. Este procedimento geralmente requer preenchimento dos espaços entre o implante e o alvéolo dentário com biomaterial/osso particulado para manutenção do volume do rebordo. Esta técnica é bastante desejável em áreas estéticas, pela maior preservação dos tecidos gengivais ao redor da estrutura implante-coroa, dando maior naturalidade ao sorriso.

Em casos onde não é possível realizar a carga imediata, os implantes devem cicatrizar sem carga, sob a mucosa ou com cicatrizador exposto no meio bucal, para serem reabilitados após o período de cicatrização. Esta técnica é chamada de carga tardia, e está indicada em casos onde não há travamento adequado do implante. Em áreas de mastigação pesada, como nos dentes molares, ou em pacientes bruxômanos, a carga no implante deve ser evitada até a osseointegração.


Enxertos ósseos: o que são e quando usá-los?

Publicado em 29/12/2020

O enxerto ósseo é um procedimento de cirurgia avançada aplicado em casos onde há a necessidade de reconstruir um tecido lesado/traumatizado ou reabsorvido fisiologicamente.

Muitas vezes o paciente tem o desejo de colocar implantes dentários para repor os dentes perdidos, mas se frustra ao saber que não tem suporte ósseo suficiente. Este já foi um problema de difícil resolução nos primórdios da implantodontia, mas atualmente o grande número de técnicas e biomateriais tem deixado este tipo de procedimento cada vez menos invasivo, menos desconfortável e mais previsível, trazendo ótimos resultados.

Em implantodontia essa cirurgia pode ser realizada com blocos de tecido ósseo aparafusado na região desejada; ou com o osso/substituto ósseo particulado inserido em cavidades anatômicas como o seio maxilar, cavidades congênitas, ou cavidades traumáticas. Atualmente, existe uma grande variedade de substitutos ósseos para enxertia. Os tecidos mais utilizados são de origem humana, animal e sintética.

A técnica adequada para cada caso e o tipo de enxerto a ser utilizado deve ser discutido com o cirurgião bucomaxilofacial, para termos uma cirurgia mais tranquila e com os melhores resultados.

Cirurgia dos freios bucais: o que são e quando fazer?

Publicado em 29/12/2020

Anatomicamente, nossa cavidade bucal apresenta algumas estruturas chamadas freios ou frênulos, que possuem a função de limitar a movimentação dos tecidos envolvidos, sendo importante no desenvolvimento da fonação e mímica facial.

O freio labial liga o lábio superior à mucosa gengival, e se inserido muito próximo aos dentes incisivos centrais pode gerar um diastema (afastamento entre dois dentes) que está profundamente relacionado com a harmonia e estética orofacial, gerando até comprometimento psicológico do paciente que o possui.

O freio lingual une o ventre da língua ao assoalho bucal, e algumas vezes pode estar encurtado em suas dimensões, gerando o fenômeno da “língua presa”, que é tão nocivo que pode prejudicar até a amamentação de um recém nascido. A dificuldade fonética é a principal característica dos pacientes que apresentam esta condição.

A cirurgia do freios bucais requer conhecimento de estruturas anatômicas importantes, como as glândulas salivares sublinguais, intimamente relacionadas ao freio lingual. O procedimento é rápido, dura aproximadamente 10-20 minutos e o pós-operatório é simples. A cirurgia do freio lingual requer acompanhamento fonoaudiológico, para o melhor desenvolvimento da fala do paciente.


Aumento de coroa clínica: o que é e quais as indicações?

Publicado em 29/12/2020

O aumento de coroa clínica é uma cirurgia periodontal que tem como objetivo, como o próprio nome diz, aumentar a coroa clínica do dente (parte visível do dente). O que isto significa? Quando o paciente apresenta uma cárie ou fratura dentária que se estende para baixo da gengiva, uma reconstrução da estrutura dentária neste nível torna-se tecnicamente muito difícil ou inviável, devido ao fluidos gengivais e sangramento gerado na manipulação do local. Outra situação em que este procedimento está indicado, é quando por razões estéticas, se faz necessário aumentar o tamanho de um dente no seu comprimento. Nesses casos lança-se mão desta cirurgia, que devolve as margens do dente a um ponto de visibilidade e fácil acesso para restauração.

A cirurgia consiste em remoção de tecido ósseo e gengival ao redor do dente deixando assim as margens prontas para restauração. O procedimento geralmente é rápido, dura em torno de 40 minutos e o pós-operatório é relativamente tranquilo, sendo controlado com antiinflamatórios e analgésicos.

Dente siso: Extrair ou não extrair?

Publicado em 29/12/2020

O dente terceiro molar, também conhecido como siso, muitas vezes é motivo de preocupação para os pacientes. Algumas teorias evolutivas sugerem que com o passar dos anos, a dieta cada vez mais fácil de ser mastigada deixou menos necessária a presença de tantos dentes na boca, consequentemente reduzindo também o tamanho das nossas arcadas dentárias. Estas alterações morfológicas causaram falta de espaço para a erupção normal dos terceiros molares ou agenesia dos mesmos (quando o paciente não tem o germe do dente na arcada).

Para os pacientes que possuem o siso, a sua extração está indicada em várias situações. Quando o dente está retido ou impactado dentro do osso, uma vez que essa retenção está relacionada a formação de cistos e tumores dos maxilares, a cirurgia é indicada. Quando ele está semi-erupcionado, ou seja, aparece uma parte em boca e a outra fica coberta por gengiva, pode ocorrer o acúmulo de placa bacteriana sob a mucosa causando inflamação e dor, também sendo uma indicação clara da extração. Outras situações como cárie dentária e reabsorção das raízes dos dentes próximos também é relatada.

Quando o siso está totalmente erupcionado nem sempre é necessária a sua extração, se ele está em oclusão (mordendo com o dente da outra arcada) e com boa higiene pode ser mantido. Caso esteja cariado ou o paciente tenha dificuldade de limpá-lo, a extração deve ser discutida com o seu cirurgião-dentista.


Cirurgia de tracionamento de dentes inclusos para ortodontia

Publicado em 29/12/2020

Uma cirurgia que causa preocupação nos pacientes, geralmente adolescentes, é o tracionamento de dentes inclusos para ortodontia. O procedimento é realizado na maioria da vezes em caninos superiores, que devido ao seu tamanho e demora para expor no meio bucal não encontra espaço na arcada para erupcionar, e acaba ficando retido na maxila. Estas impacções podem ocorrer com qualquer dente, e a decisão de tracionar ou remover deve ser bem avaliada.

O paciente deve estar ciente do tempo que esta movimentação ortodôntica aumentará no tratamento, assim como deve estar ciente das compensações que serão necessárias em caso de remoção do dente, como por exemplo inserir um implante dentário para ocupar o espaço do dente extraído ou fechamento do espaço com outro dente natural, sendo necessária alguma reabilitação estética para devolver o formato dentário correto.

O ideal nesses casos é examinar o dente através de tomografia computadorizada, onde será possível avaliar com precisão o formato do dente, sua relação com estruturas anatômicas importantes e seu posicionamento no arco. A localização do dente é importantíssima na decisão do acesso cirúrgico, que pode ser por vestibular (pelo lado do lábio e da bochecha) ou por palatino (pelo lado do céu da boca).

O procedimento é simples, porém requer experiência do cirurgião. A técnica consiste em exposição cirúrgica da coroa do dente e colagem de botão ortodôntico. Como o ambiente de colagem é úmido e apresenta pequeno sangramento o botão pode raramente vir a soltar. Mas uma recolagem se torna fácil após o período de cicatrização, onde é mais fácil controlar a salivação e não há mais sangramento.

Em alguns casos pode-se lançar mão de cerclagem com fios de aço ao redor do colo do dente para tracionamento, ou perfuração de parte da coroa do incluso para passagem de fio de aço e tracionamento. Estas variações técnicas são mais difíceis e podem danificar o esmalte dentário, tendo uma indicação mais restrita.

O pós-operatório costuma ser tranquilo em relação à dor. Alguns pacientes podem queixar-se, em caso de exposição palatina do dente, do contato da língua com o aparato ortodôntico (botão e fios). Analgésicos e antiinflamatórios são suficientes para o conforto do paciente.

Cirurgia paraendodôntica: o que é e quando fazer?

Publicado em 29/12/2020

Cirurgia paraendodôntica é todo o procedimento cirúrgico realizado na região dos ápices radiculares de um dente com tratamento de canal ou com necessidade dele. Quando um tratamento endodôntico não é resolutivo, e permanece uma inflamação ou infecção na ponta da raiz, gerando dor e desconforto ao paciente, esse procedimento está indicado.

A cirurgia paraendodôntica pode ser uma simples curetagem de lesão apical, apicectomia, ou uma das duas associada à enxerto ósseo particulado (quando o defeito ósseo é muito grande). Outra situação que esta cirurgia está indicada é nos casos onde o acesso convencional para realizar o tratamento de canal está inviável, sendo necessário acesso pelo ápice para obturar o canal (obturação retrógada).

A apicectomia é a cirurgia onde o ápice radicular contaminado é cortado do dente, eliminando o foco do problema. Para este tipo de procedimento devem ser avaliados o comprimento da raiz e a extensão da lesão apical, uma vez que raízes curtas e/ou lesões extensas podem gerar mobilidade no remanescente dentário. Presença de pinos intraradiculares também fragilizam a raiz, e podem ser fontes de trincas, que devem ser observados como possível diagnóstico diferencial antes de indicar a apicectomia.

Portanto a melhor conduta deve ser sempre discutida com o cirurgião, observando sempre a causa do problema para indicar o tratamento com o melhor prognóstico.

Extrações dentárias: quando são necessárias?

Publicado em 29/12/2020

Alguns pacientes tem medo, ou até um certo pânico quando se deparam com a necessidade de extrair um dente. Apesar disso, este procedimento apresenta baixo risco de intercorrências, é indolor e geralmente rápido.

As exodontias estão indicadas em casos de cárie profunda onde não haja possibilidade de tratamento de canal, mobilidade exagerada do dente, fratura radicular, presença de dentes supranumerários, indicação do ortodontista ou por indicação protética.

O procedimento é realizado sob anestesia local, e em casos simples dura entre 5 e 10 minutos. Em casos mais complexos, onde haja necessidade de dividir um dente ou remover tecido ósseo para soltar a raízes pode durar até 30 minutos. O pós-operatório, se seguida as recomendações, costuma ser tranquilo, não trazendo transtornos ao paciente. Analgésicos são suficientes para controle do desconforto nos casos simples. Em casos complexos pode-se lançar mão de antiinflamatórios.

Extrações Múltiplas: quando fazê-las?

Publicado em 29/12/2020

Muitas vezes o paciente chega ao consultório odontológico com a condição bucal extremamente deteriorada, sendo diagnosticada a necessidade de extração de 5, 10, 15 ou até todos os dentes. Nessa condição, o paciente as vezes sente-se surpreso ao saber que é possível realizar um grande número de extrações na mesma sessão.

A quantidade de dentes a ser extraído e a decisão de fazê-los no mesmo procedimento depende de algumas variáveis, entre elas: a quantidade de anestésico necessário para realizar o procedimento sob anestesia local, uma vez que temos um limite de tubetes a serem aplicados, para evitar uma dosagem tóxica ao paciente; urgência do paciente, devido à doença sistêmica, dor, compromisso ou necessidade de colocar próteses dentárias; ou devido à planejamento cirúrgico de colocação de implantes imediatos sobre os alvéolos dos dentes extraídos.

Em casos onde a quantidade de dentes a serem extraídos é muito grande, ou o paciente não deseja realizar todas as extrações sob anestesia local podemos lançar mão de fazer a cirurgia em bloco cirúrgico sob anestesia geral.

A grande vantagem de realizar extrações múltiplas é a redução do tempo de pós-operatório, onde o paciente irá passar por este período restritivo apenas uma vez, fazendo uso de medicamentos apenas neste momento. A principal desvantagem é o aumento da severidade do desconforto pós-operatório, onde medicamentos mais fortes serão necessários para controlar a dor e o edema, dependendo da quantidade de dentes removidos.

Cisto Radicular: O que é e como tratar?

Publicado em 29/12/2020

O cisto radicular é a lesão cística dos maxilares mais comum, totalizando aproximadamente 50% de todos os cistos, e aproximadamente 70% dos cistos odontogênicos. A lesão possui origem inflamatória e apresenta-se aderido ao ápice de raízes de dentes infectados devido à necrose pulpar.

O cisto radicular pode afetar qualquer dente onde haja infecção dos canais sem tratamento, mas os dentes anteriores da maxila e os dentes posteriores da mandíbula são os mais acometidos respectivamente.

O diagnóstico é realizado através de exames de imagem como radiografias e tomografias e geralmente não há sintomatologia, salvo em casos de infecção, onde pode haver dor. O cisto radicular se não removido precocemente pode atingir grandes proporções. Lesões grandes tendem a causar deslocamento dos dentes adjacentes.

O tratamento inicial é a endodontia (tratamento de canal) do dente afetado, que geralmente regride a lesão. Em casos onde não há a regressão, ou há o aumento da lesão está indicada a remoção cirúrgica.

Em casos de grandes lesões deve-se observar a relação dos cistos com estruturas anatômicas importantes, como o seio maxilar, a fossa nasal e o nervo alveolar inferior. Nestes casos o cirurgião deve ponderar sobre a enucleação total ou marsupialização do cisto, para preservar a integridade destas estruturas. A necessidade de reconstrução óssea no mesmo momento da cirurgia também deve ser observada.

Cisto Dentígero: O que é e como tratar?

Publicado em 29/12/2020

Cisto dentígero é o cisto odontogênico de desenvolvimento mais comum. Esta patologia fica aderida ao colo de dentes não erupcionados. É caracterizado radiograficamente pelo aumento do espaço do folículo pericoronário (tecido que envolve o germe dental durante o seu desenvolvimento dentro do osso), por isso também é chamado de cisto folicular. As áreas mais afetadas são a região posterior de mandíbula (associados ao terceiro molar incluso) e depois a região de maxila anterior (canino superior incluso). A segunda e a terceira décadas de vida são as idades onde a lesão é mais encontrada.

Essa lesão é diagnosticada geralmente por radiografias bucais de rotina, pois geralmente não apresenta sintomas, a não ser que apresente alguma infecção secundária. Uma característica deste cisto é o seu crescimento e expansão dos ossos onde ele está localizado, podendo causar deslocamento dos dentes e assimetria facial.

O tratamento é cirúrgico, podendo ser realizado a enucleação total da lesão ou a marsupialização. O dente associado à lesão geralmente é removido junto, mas em alguns casos, se há possibilidade de ser mantido, ele pode ser preservado e tracionado para a arcada. A lesão deve sempre ser enviada para laboratório de análise histológica para confirmação de diagnóstico. Se não removido, o cisto pode evoluir para lesões mais agressivas, como o ameloblastoma e alguns tipos de carcinomas.

Fratura de mandíbula: causas frequentes e tratamento:

Publicado em 29/12/2020

A mandíbula é um osso móvel da face, localizado no terço inferior do rosto, suscetível a traumas de tecido mole e ósseo. As fraturas são geralmente ocasionadas por acidentes automobilísticos, agressões, quedas e durante extrações de sisos inferiores. O não uso de sinto de segurança (automóveis), e de capacete (motocicletas) são grandes fatores de risco.

Ao ter a mandíbula fraturada o paciente poderá apresentar dor, edema, desencaixe na mordida dos dentes, dificuldade de abrir a boca e dificuldade para mastigar. As regiões mais afetadas são o corpo, o côndilo e o ângulo da mandíbula respectivamente.

O tratamento pode ser conservador ou cirúrgico, dependendo do tipo de fratura e da localização da mesma. Fraturas sem alteração de mordida e alinhadas, sem deslocamento de fragmento ósseo podem ser tratadas com bloqueio maxilo mandibular, onde o paciente fica com os dentes amarrados pelo período de cicatrização, sem necessidade de intervenção cirúrgica. Fraturas com deslocamento devem ser imobilizadas e fixadas cirurgicamente através de placas e parafusos. Em casos de tratamento conservador o paciente pode ficar de 15 a 45 dias bloqueado. Em casos de tratamento cirúrgico, a boca pode ficar desbloqueada no pós-operatório imediato. O acesso cirúrgico à fratura pode ser feito por dentro da boca, mas algumas vezes é necessário fazer acesso externo pela pele. Portanto, a melhor conduta para cada caso deve ser discutida com o cirurgião bucomaxilofacial, para que o paciente tenha o melhor prognóstico.

No pós-operatório o paciente deverá ter uma restrição alimentar, onde nas primeiras semanas apenas líquidos devem ser ingeridos, passando para uma dieta mais pastosa de acordo com a evolução da cicatrização da fratura.

Cirurgia Ortognática: O que é?

Publicado em 29/12/2020

A cirurgia ortognática (termo de origem grega, ortho – correto, alinhado, gnathos – mandíbula) é um procedimento de correção de deformidade dento-facial. As deformidades dento-faciais são caracterizadas por alterações do padrão esquelético da face, associada à má oclusão dentária, onde os pacientes podem apresentar desproporção na harmonia da face, gerando distúrbios fonéticos, mastigatórios, estéticos e psicológicos.

As principais causas das deformidades são genéticas, onde as gerações podem herdar o padrão facial de seus parentes mais próximos. Traumas faciais no período de desenvolvimento, assim como maus hábitos posturais e respiratórios também podem gerar este problema.

As deformidades podem ocorrer por:

  • - deficiência mandibular (retrognatismo ou microognatismo);
  • - excesso mandibular (prognatismo);
  • - deficiência maxilar, que pode ser ântero-posterior, transversal (mordida cruzada posterior), vertical e anterior (mordida aberta anterior);
  • - excesso maxilar (ântero-posterior ou vertical);
  • - assimetrias.

O tratamento destas deformidades requer um amplo planejamento de análise facial, esquelética e dentária. Após preparo ortodôntico pré-operatório o paciente está apto para a correção cirúrgica, que é realizado por osteotomias, ou seja, fraturas ósseas realizadas cirurgicamente para o correto reposicionamento e encaixe dos maxilares, fixados por placas e parafusos.

No pós-operatório o paciente faz uso de antibióticos, analgésicos, antiinflamatórios não esteroidais e antiinflamatórios esteroidais (para controle do grande edema). A alimentação fica restrita à líquidos nas primeiras semanas, e uma boa higiene bucal é essencial para evitar a contaminação da área operada.

Disfunção Temporomandibular: O que é e como tratar?

Publicado em 29/12/2020

A ATM (articulação temporomandibular) é a articulação que une a mandíbula à base do crânio, e participa de movimentos bucais, como abertura, fechamento e mastigação. Esta estrutura está associada à músculos, ligamentos e uma cápsula fibrosa que a envolve. A dinâmica da mastigação é dada pela ATM e pelo músculos mastigatórios (masseteres, pterigoideos laterais, pterigoideos mediais e temporais).

A DTM (disfunção temporomandibular) é a patologia da articulação e seus músculos associados, comumente relacionada à dores nos músculos mastigatórios, dores na ATM, ruídos ao abrir e fechar a boca, travamento da mandíbula, zumbido nos ouvidos, dores de cabeça entre outros.

As DTMs atingem mais o gênero feminino. As causas podem estar relacionadas a vários fatores, entre eles, podemos citar os traumas locais, a parafunção (bruxismo), alterações hormonais, má postura e artrite.

O diagnóstico é de suma importância na definição do tratamento. As DTMs podem ser intra-articulares ou extra-articulares (musculares) ou haver uma associação de ambas. Entre os tratamentos convencionais podemos citar o uso de placas, laser, artrocentese e uso de medicamentos. Esta patologia é muito difícil de tratar de maneira definitiva. Geralmente os tratamentos existentes são paliativos e aliviam os sintomas e melhoram a qualidade de vida do paciente. Em casos onde o tratamento clínico não surte efeito, o tratamento cirúrgico deve ser avaliado.

Uma avaliação multidisciplinar é o ideal para reduzir todos os focos de dor e demais sintomas da DTM, sendo muitas vezes necessária a inter-relação com outras áreas da saúde, como medicina, fisioterapia e psicologia.

Bruxismo: o que é?

Publicado em 29/12/2020

O bruxismo é uma atividade parafuncional dos músculos mastigatórios da face caracterizado pelo ato de ranger ou apertar os dentes. O ato de ranger ocorre frequentemente durante o sono, ou em períodos de estresse e excitação, acompanhado por um ruído notável, onde o cônjuge do bruxômano geralmente relata ouvir os ruídos noturnos. Já o apertamento, em geral sem ruídos, é mais comum durante o dia e pode ser considerado mais destrutivo, uma vez que as forças são contínuas e menos toleradas.

O bruxismo é um distúrbio do sono onde a causa parece estar associada à alguns fatores, tais como aspectos psicológicos, dentários, ocupacionais e hereditários.

Os sinais e sintomas mais comuns do paciente bruxômano são os desgastes dentários, abfrações (cavidades na porção cervical dos dentes), dor na musculatura da face (geralmente ao acordar o paciente nota um cansaço facial, sinal de parafunção noturna), hipersensibilidade dentária, mobilidade dentária, dores de cabeça, fraturas dentárias e disfunção da articulação temporomandibular (caracterizada por dor e ruídos na articulação que abre e fecha a boca).

O tratamento desta patologia é multidisciplinar, sendo necessária a correlação de várias áreas da saúde para abordar o paciente como um todo, reduzindo assim, os sinais e sintomas nocivos do bruxismo.

Laser: O que é e para que serve?

Publicado em 29/12/2020

Laser, do inglês Light Amplification by Stimulated Emission of Radiation é uma luz utilizada em medicina, fisioterapia e odontologia, com fins cirúrgicos e terapêuticos.

O laser cirúrgico possui alta potência (em torno de 9W) e realiza incisão de tecidos moles com alta precisão, cauterizando-os e gerando um pós-operatório mais confortável ao paciente. Também é usado para desinfecção de bolsas periodontais e canais radiculares.

O laser terapêutico apresenta baixa potência (em torno de 100mW) e é utilizado pelos seus efeitos analgésicos, antiinflamatórios e regenerativos. Pode ser usado no espectro vermelho (aproximadamente 650nm) e infra-vermelho (aproximadamente 900nm) com diferentes indicações.

Este aparelho é indicado nos casos: reparo de feridas (aftas e úlceras em geral); cicatrização de cirurgias; redução de dor e edema pós-operatório; redução de dor em pacientes com disfunção temporomandibular; redução dos sintomas em pacientes com mucosites decorrentes de radioterapia; regeneração de tecidos nervosos (acelera a recuperação de parestesia pós-operatória e auxilia no tratamento da paralisia facial de Bell); controle das lesões de herpes labial entre outros.

PRF: O que é e quais a indicações?

Publicado em 02/03/2021

PRF (platelet rich fibrin) significa fibrina rica em plaquetas. É um concentrado plaquetário de segunda geração obtido através de centrifugação do sangue do próprio paciente. O PRF é considerado uma evolução do PRP (plasma rico em plaquetas), e apresenta algumas vantagens em relação ao seu antecessor, entre elas, ter um processo mais rápido de obtenção que o PRP; ter uma maior quantidade de células brancas (células de defesa do organismo); possuir uma liberação mais lenta no organismo (desejável no reparo tecidual); e por ser totalmente autólogo, ou seja, não necessita de nenhum componente externo para atingir uma consistência ideal.

Em implantodontia e em cirurgia bucomaxilofacial os benefícios da utilização do PRF se traduzem em melhora do padrão de cicatrização de gengivas, otimização da cicatrização de enxertos ósseos, redução da dor e das taxas de infecção pós-operatórias. Em harmonização orofacial, o PRF tem sido utilizado também como material de preenchimento para rejuvenescimento facial.

PRF na cirurgia dos dentes inclusos

Publicado em 02/03/2021

Fibrina rica em plaquetas (PRF) é um concentrado plaquetário obtido através da centrifugação do sangue do próprio paciente, obtendo-se uma rede de fibrina com leucócitos (L-PRF) e quantidades suprafisiológicas de plaquetas e seus fatores de crescimento. Essas características transformam o PRF em ótimo complemento no trans-cirúrgico das cirurgias bucais.

A cirurgia dos dentes inclusos, principalmente os sisos inferiores é caracterizado algumas vezes por maior dificuldade de cicatrização e desconforto pós-operatório. O uso do PRF nos alvéolos dos dentes removidos melhora a qualidade da cicatrização da gengiva operada e reduz em até 10x o risco de infecção na loja cirúrgica. Outro benefício do PRF nesta situação é a redução da dor pós-operatória, limitando a quantidade de analgésicos necessários para o conforto do paciente.

Câncer Bucal

Publicado em 06/04/2021

Uma das patologias que mais causam medo nos dias atuais é o câncer. O fato de não termos uma cura definitiva para todos os casos leva os pacientes a acreditarem que o diagnóstico da doença é uma sentença de morte. Mas com a medicina moderna vários casos podem ser contornados e tratados, levando o paciente a ter uma boa qualidade de vida novamente.

O câncer bucal geralmente ocorre no lábio inferior, língua, na parte posterior da garganta, nas amígdalas ou nas glândulas salivares. É mais freqüente em homens e atinge principalmente pessoas com mais de 40 anos de idade.

Alguns fatores influenciam para o surgimento deste mal. Predisposição genética, tabagismo, alcoolismo, exposição excessiva ao sol e má higiene são apontados como fatores de risco para o surgimento do câncer. Um hábito gaúcho que pode estar relacionado à esta patologia é o chimarrão. O uso crônico da bomba quente no lábio e a ingestão desta infusão muito quente está associada à lesões de lábio e esôfago.

O paciente deve estar atento a qualquer mudança em sua cavidade bucal. Feridas que não cicatrizam em até 15 dias, surgimento de dormência em alguma parte da boca, nódulos anormais na mucosa bucal podem ser sinais de câncer bucal, e devem ser avaliadas por um profissional.

O diagnóstico precoce pode salvar uma vida. O quanto antes a lesão for percebida e biopsiada para diagnóstico, maiores serão as chances de cura do paciente.

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Publicado em 04/06/2022

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